Município quer atribuir seguro de saúde à população como medida para garantir acesso a cuidados de saúde primários no privado. Seguradoras já começaram a enviar propostas.
Silvino Lúcio, presidente da Câmara Municipal da Azambuja, recebeu duas propostas de seguradoras, que rondam, “cada uma, os 200 mil euros“, após expressar a intenção de atribuir seguros de saúde à população como forma de garantir acesso a cuidados de saúde básicos.
A publicação O Mirante escreve que o município de Azambuja está a equacionar a atribuição de um seguro de saúde a todos os munícipes para que possam recorrer ao sistema privado, uma vez que, atualmente, 85% da população do concelho não tem médico de família atribuído. “Independentemente do valor, estamos a analisar para ver o que vamos fazer”, assegurou Silvino Lúcio.
O vereador Rui Corça disse à mesma publicação que “no concelho não existe oferta de serviços de medicina privados.” E indicou que isto levaria a que os utentes, mesmo beneficiando de um seguro de saúde, tivessem que se deslocar a concelhos vizinhos para serem atendidos. “As pessoas precisam é de um médico ao pé delas. A pouco e pouco, as pessoas têm cada vez mais problemas de saúde e provavelmente algumas irão falecer porque os cuidados primários não existem”, disse o vereador.
Silvino Lúcio defendeu que a atribuição de seguros de saúde à população poderá ser uma solução viável e que já foi adotada por outros municípios, nomeadamente por Porto de Mós. Referiu ainda que existem em Aveiras de Cima e Azambuja clínicas de saúde privadas.
Os utentes que não têm médico de família em Azambuja estão a ser encaminhados para as unidades de saúde de Benavente e Póvoa de Santa Iria, no concelho de Vila Franca de Xira. A alteração tem causado indignação entre utentes que têm que fazer deslocações entre 30 a 40 quilómetros sem garantias de que serão atendidos.
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