A Câmara Municipal de Lisboa prevê 14 novos concursos para a contratação de cerca de 530 trabalhadores em diferentes áreas, durante o próximo ano, procurando assegurar o rejuvenescimento dos recursos humanos, anunciou o vice-presidente do executivo camarário.
«Temos previstos 14 novos concursos para 2023, sendo que, desses concursos, estamos a falar de cerca de 530 novos postos de trabalho, que permite ter em atenção aquilo que é a estimativa e a média habitual de trabalhadores que se aposentam e saem da câmara, e compensar isso, também, com novos trabalhadores, procurando sempre assegurar o rejuvenescimento», afirmou Filipe Anacoreta Correia, responsável pelos pelouros das Finanças e dos Recursos Humanos no executivo municipal de Lisboa.
No âmbito de uma audição na primeira comissão permanente de Finanças, Património, Recursos Humanos da Assembleia Municipal de Lisboa, a primeira de uma maratona de reuniões sobre a proposta de orçamento para 2023, o vice-presidente da câmara respondeu a questões das diferentes forças políticas.
Relativamente à área dos Recursos Humanos, em que se prevê uma despesa de 304 milhões de euros para 2023, o vice-presidente da câmara destacou o trabalho feito este ano na contratação de pessoal, em que o saldo entre os que saíram e os que entraram corresponde a mais cerca de 200 trabalhadores, indicando que a média de idade dos que se aposentaram era de 66 anos e a dos novos contratados foi de 31 anos.
A idade média dos trabalhadores do município de Lisboa é «uma preocupação grande» do executivo, que tem em curso um plano de contratação para se antecipar aos processos de aposentação, acrescentou.
«Conseguimos através dessa estratégia, pela primeira vez, invertendo aquilo que era uma tendência que parecia inevitável, conseguimos inverter a idade média dos trabalhadores da câmara municipal que hoje não é 51 anos, é 50 anos», afirmou o autarca.
A Câmara de Lisboa emprega cerca de 10 mil trabalhadores e a despesa associada aos pagamentos representa «cerca de 25%» do orçamento municipal, o que, segundo Anacoreta Correia, é um valor «bastante equilibrado em termos de critérios de gestão», referindo que «só os assistentes operacionais das escolas representam 20%» do total de recursos humanos do município.
Em relação ao próximo ano, o executivo vai avançar com «um acréscimo significativo de cerca de 8,5%» do montante orçado para despesas com pessoal, assegurando os aumentos salariais previstos para a função pública.
Relativamente aos 14 novos concursos para a contratação de cerca de 530 trabalhadores, o vice-presidente da câmara disse que a oferta de postos de trabalho será para técnicos superiores em áreas financeiras, arquitectura e engenharia, assistentes operacionais, condutores de máquinas, pessoal da área da higiene urbana, bombeiros, jardineiros e especialistas de informática.
Esse número exclui a contratação de 50 polícias municipais, porque se trata de plano de contratação autónomo, que depende do Ministério da Administração Interna, ressalvou Anacoreta Correia, admitindo que a câmara gostaria que esse reforço de pessoal fosse superior.
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