O diretor de estratégias e inovação da brasileira Icro Group disse à Lusa que a tecnológica, que acaba de lançar a plataforma inteligente Neuron em Portugal, espera investir “mais 500 mil euros” no país nos próximos três anos.
“Até ao momento, foram investidos em Portugal 200 mil euros” e “a nossa previsão é que nos próximos três anos sejam investidos mais 500 mil euros”, disse Armando Marsarioli Filho, quando questionado sobre o tema.
Armando Marsarioli Filho está em Portugal para lançar a tecnologia Neuron, “uma plataforma inteligente que congrega tecnologias de última geração como Internet industrial das coisas, ‘blockchain’, inteligência artificial, e tem o objetivo de levar inteligência para as máquinas, como um cérebro artificial”, explicou o diretor de inovação da tecnológica brasileira.
Com esta solução, as “máquinas passam a tomar decisões sobre o melhor momento” para cada paragem, manutenção programada, sabem quais são as peças que têm de ser trocadas e até podem garantir a “solicitação de compra diretamente para os fornecedores homologados” e até prestadores de serviços que fazem trabalho para as empresas, exemplificou.
Ou seja, “a máquina já identifica quem são os profissionais que têm as competências necessárias para estas intervenções e, no final de tudo, a máquina também faz a avaliação da qualidade do serviço e do atendimento destes fornecedores homologados”, referiu Armando Marsarioli Filho.
Esta é “a primeira vez que a tecnologia ‘blockchain’ está a ser utilizada desta maneira, na manutenção industrial, levando toda esta inteligência para a gestão da manutenção, com o objetivo principal de reduzir os tempos” de paragem da máquina, argumentou.
Com isso, aumenta a produtividade das máquinas, reduz custos de manutenção e de ‘stocks’ de peças para manutenção.
A Icro está em Portugal desde 2019, mas devido ao período da pandemia só agora é que está em condições para poder apostar no mercado português.
Sobre o número de pessoas contratadas, adiantou que vai depender muito da evolução deste projeto em Portugal.
“Mas precisamos contar com engenheiros industriais e especialistas na área de ciências da computação, pelo que a estimativa para estes três primeiros anos é que tenhamos aqui em torno de 10 pessoas, trabalhando com esse foco de desenvolvimento para o país”, referiu.
“A nossa atividade também vai envolver alianças com a Universidade do Porto e com o Instituto Tecnológico de Bragança, onde a ideia é que atuemos em conjunto numa parceria de pesquisa, desenvolvimento e inovação destas tecnologias de última geração, que vão atender aos conceitos da indústria 4.0”, adiantou Armando Marsarioli Filho.
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