Em vez dos tradicionais manuais em papel, doze mil alunos têm este ano manuais escolares digitais, uma iniciativa que decorre do alargamento de um projeto piloto.
"Temos um grande alargamento do projeto-piloto dos manuais digitais, que começou com nove escolas e este ano já estamos com 12 mil alunos com manuais digitais", revelou o ministro da Educação, João Costa, em entrevista à agência Lusa no âmbito do arranque do ano letivo. João Costa espera que até ao final da atual legislatura, que termina em 2026, esta seja uma realidade em todas as escolas do país.
Segundo adiantou, o Ministério vai nos próximos meses trabalhar com as editoras, que são quem produz estes conteúdos, para definir como irá avançar a medida.
O calendário da chegada dos manuais digitais aos diferentes níveis de ensino tem de estar acertado "com os tempos das aquisições e revitalizações dos manuais escolares em papel", disse João Costa.
Além disso, existem vantagens e desvantagens do digital nas aprendizagens dos alunos. No caso dos primeiros anos de escola, João Costa acredita ser vantajoso para as crianças terem manuais em papel para, por exemplo, trabalhar a motricidade fina.
"E para muitos alunos, infelizmente, é o primeiro contacto com o livro em papel e é preciso também não perder esta dimensão fundamental das nossas vidas e, portanto, este trabalho vai ser feito em parceria com as editoras nos próximos meses", afirmou.
Segundo um estudo da Universidade Católica, citado pelo ministro, os manuais digitais tiveram uma "belíssima adesão" por parte dos alunos, professores e das famílias.
Entre os principais problemas identificados no estudo, estava a qualidade da Internet nas escolas mas, segundo João Costa, "dentro de dois anos" este será um problema do passado, já que estão a decorrer os concursos para melhorar a rapidez do serviço.
46
Comentários
Enviar um comentário