O Reputation Lab divulgou esta segunda-feira os dados do RepCore Nations 2022, um estudo que avalia a reputação dos países, e a principal conclusão é que Portugal ocupa o 19º lugar entre as 60 principais economias do mundo.
“O índice de reputação de Portugal foi classificado como forte, à semelhança de países como Reino Unido, França ou Alemanha. Para aferir este resultado, o RepCore Nations mede sentimentos como admiração, respeito e confiança. Já os 22 atributos racionais estão agrupados nas dimensões qualidade de vida, solidez das instituições, nível de desenvolvimento, ética e responsabilidade social e fator humano. A medição deste ativo intangível representa uma importante vantagem competitiva para o país, capaz de promover a exportação de produtos e serviços, atrair turistas, talento e investimento estrangeiros”, é explicado em comunicado.
A perceção dos cidadãos do G7 relativamente a Portugal revela que os pontos fortes a nível nacional são a “conduta ética e responsável” e a “estabilidade das instituições”, dando ainda destaque para a transparência e ausência de corrupção, a utilização eficiente dos recursos públicos, a eficácia do Governo e instituições nacionais, à frente dos quais estão líderes respeitados. Portugal recebeu também boa avaliação relativa ao respeito pelos direitos humanos e combate às alterações climáticas.
Ainda no que toca a aspetos positivos, Portugal está associado a uma boa qualidade de vida, devido à segurança, estilo de vida atrativo e uma população acolhedora e os sucessos desportivos também contribuem para a sua boa reputação.
Em sentido contrário, o desenvolvimento económico, empresarial e tecnológico, e o reconhecimento internacional de marcas e empresas portuguesas são vistas como uma das maiores fragilidades do país, assim como as perceções sobre a qualidade dos produtos, o património cultural e a qualidade do sistema educativo.
Relativamente aos restantes países do ranking, o Canadá é o país com melhor reputação, seguido pela Suíça, Finlândia, Noruega e Suécia. A completar o top 10 está ainda a Nova Zelândia, Austrália, Dinamarca, Holanda e Irlanda. A Rússia ocupa o último lugar da tabela, acompanhada pelo Iraque, Irão e China.
Segundo Fernando Prado, partner do Reputation Lab e diretor do estudo, “trabalhar na marca do país representa um significativo retorno económico, já que permite demonstrar empiricamente que a boa reputação tem impacto no turismo, na captação de investimento estrangeiro e aumento das exportações”. O especialista sublinha também o impacto deste ativo intangível na capacidade negocial das nações: “um país com boa reputação tem uma influência na comunidade global superior à que o seu potencial económico e militar lhe daria, o chamado soft power”.
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