A primeira aeronave desenvolvida e industrializada em Portugal vai contar com uma linha de montagem final no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor (Portalegre), criando 300 postos de trabalho directos e cerca de 800 indirectos, anunciaram os promotores do projecto.
O presidente do município de Ponte de Sor, Hugo Hilário, manifestou-se satisfeito com este investimento, sublinhando que além dos cerca de 300 postos de trabalho directos que vai criar, vão ser igualmente criados «cerca de 800 postos de trabalho indirectos»
O documento foi assinado pelo município de Ponte de Sor e a EEA Aircraft, entidade integradora e que assegura o desenvolvimento, industrialização e comercialização a partir de Portugal da aeronave designada por LUS 222.
Miguel Braga, do Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEiiA), explicou que o LUS 222 vai ser uma aeronave regional ligeira, «não pressurizado, de 19 lugares, para dois mil quilos de carga e para dois mil quilómetros de alcance».
De acordo com o responsável, que estimou que o investimento no projecto ronde os «100 milhões de euros», trata-se de um avião «muito destinado» aos mercados de África e da América do Sul.
Segundo os promotores, o desenvolvimento de engenharia está fixado no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, em Évora, e a industrialização no Aeródromo Municipal em Ponte de Sor.
Em Ponte de Sor será construída a linha de montagem final de aeronaves, a primeira em Portugal, nomeadamente a cabina de pintura, o centro de manutenção, o centro de treino e formação e os edifícios administrativos.
«O que prevemos até ao final de 2025, primeiro trimestre de 2026, é ter a primeira aeronave fabricada para certificação», disse. Miguel Braga acrescentou ainda que a unidade fabril de Ponte de Sor vai ter capacidade para produzir «entre 20 a 30 aeronaves por ano.
Esta aeronave, segundo os promotores, conta com versões civil e militar, preparada para aterrar em pistas curtas e não pavimentadas, destinada em particular aos mercados de África e da América Latina e a responder a uma demanda estimada de mais de cinco mil aeronaves nos próximos 15 anos.
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